fevereiro 14, 2005

Lugar esquecido por Deus.

Odeio o lugar onde moro. Em especial, odeio a rua onde moro. Odeio mesmo, sem exageros. Nesse caso acho que ódio é até um eufemismo para o que eu sinto por isso aqui, mas na falta de uma palavra forte o bastante, vou utilizar "ódio" mesmo.
Todo mundo sabe que quem faz o lugar são as pessoas. Se eu odeio esse lugar, essa rua, então é por causa das pessoas daqui. Gente mesquinha, vil, infeliz. Pessoas como essas sem perspectivas de felicidade e com inveja da felicidade alheia não deveria se manter sobre a superfície do planeta.
Por algum motivo agora deram para envenear gatos. Ontem foi uma, preta, com uma coleira (o que indica que tem dono) que eu vi morta na esquina da minha rua. E hoje outra, rajada, morta na garagem de casa. Filhotes. Filhotes são carinhosos, aceitam que se aproximem, que os alimente. Os envenene. Não foi sem querer.
Uma coisa dessas, uma ser abjeto desses merece morrer. Antes de morrer merece que os filhos, caso tenha algum, caso possa ser chamado de pai/mãe morram envenenados. Precisam assisti-los agonizar.
Esse lugar esquecido por Deus não tem mais jeito. Precisa urgente ser queimado até o chão, maioria dos moradores, inclusive, depois esse chão precisa ser salgado para que nada mais cresça aqui.
Hoje, mais que nunca, tenho vergonha de ser um "humano".