julho 08, 2007

Shows "di grátis".

Parece que virou moda em expos, feiras, aniversário de cidades ou sem motivo algum aparente colocar atrações de grande porte de graça para a população. Normalmente por trás dessas festas tem um político querendo se promover. O lado bom é que muita gente que não tem grana sobrando para pagar um show ou mora longe de uma casa de espetáculos decente tem a oportunidade de ver um bom show, sair das mesmices de MCs e bandas decadentes de pagode.
O lado ruim é que vai qualquer um. Ontem mesmo, no show do Jota Quest - de graça na Expo Itaguai - tinha muita gente ali que estava só por estar. Nego tendo um show bom - porque o show dos caras é bom, não dá para negar - e reclamando que queria estar num desses bailes de "5 real" com "dose-dupla a noite inteira" onde só rola fanque. E todos, sem exceção de cor, raça ou sexo que eu vi reclamando era gente feia a muito feia. Mas se eu falo é preconceito.
Se era um lugar com gente civilizada (não tinha empurra-empurra, e os trenzinhos só eram formados por coisas como essas que eu citei acima) e, por causa disso talvez, eles não estavam se sentindo bem, por que não ir para onde eles gostam? Pra que não ir ouvir fanque, pagode, ver aquela gente "bonita" com cofrinho aparecendo e cheios de Kolene no cabelo? Vai lá, paga entrada e depois se acotuvela para pegar a tal dose-dupla, beijar quinhentas bocas diferentes e pegar sapinho.
É por isso que eu tenho preconceito contra gente que escolhe se comportar assim. Aliáis, nem é preconceito, é conceito muito bem formado mesmo.