setembro 19, 2007

Esquerdiopatia na educação.

Trechos de um artigo de Ali Kamel no O Globo de terça feira.
"Não vou importunar o leitor com teorias sobre Gramsci, hegemonia, nada disso. Ao fim da leitura, tenho certeza de que todos vão entender o que se está fazendo com as nossas crianças e com que objetivo. O psicanalista Francisco Daudt me fez chegar às mãos o livro didático "Nova História Crítica, 8ª série" distribuído gratuitamente pelo MEC a 750 mil alunos da rede pública. O que ele leu ali é de dar medo. Apenas uma tentativa de fazer nossas crianças acreditarem que o capitalismo é mau e que a solução de todos os problemas é o socialismo, que só fracassou até aqui por culpa de burocratas autoritários. Impossível contar tudo o que há no livro."

Trechos do Livro (ou da cartilha de comportamento?) "Nova História Crítica, 8ª série":
"Sobre a Revolução Cultural Chinesa: "Foi uma experiência socialista muito original. As novas propostas eram discutidas animadamente. Grandes cartazes murais, os dazibaos, abriam espaço para o povo manifestar seus pensamentos e suas críticas. Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. (...) No início, o presidente Mao Tse-tung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. (...) Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. (...) Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes "politicamente esclerosados". (...) A Guarda Vermelha obrigou os burocratas a desfilar pelas ruas das cidades com cartazes pregados nas costas com dizeres do tipo: "Fui um burocrata mais preocupado com o meu cargo do que com o bem-estar do povo." As pessoas riam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revolução Cultural entusiasmava e assustava ao mesmo tempo."

Medo.

1 Comments:

At 9:48 PM, setembro 19, 2007, Blogger Andrea said...

O horror! Mas o pior é que nenhum crivo vai poder filtrar o que alguns professores que ainda acreditam na revolução vão dizer em aula. Ou os criacionistas. No fim ainda é melhor mesmo que se ouça de tudo. Uma equipe que opta por um material de história nessa linha vai dizer essas coisas pro aluno de qualquer jeito.

Eu tennto ter muita responsabilidade nesse sentido já que a área de linguagem depende essencialmente de textos e bons textos são essencialmente polêmicos. Nem quero mais que o aluno aprenda Inglês mas sim que esteja apto, em algum ponto, a diferenciar a opinião do autor , a minha e a dele prórprio no meio disso tudo.

 

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