agosto 10, 2007

Legitimidade.

A esquedalha está em polvorosa. Dá para sentir o medo, da quase para tocar o medo dessa gentalha politicamente correta metida a socialista. O que eles sempre duvidaram, o que eles sempre temeram está acontecendo. A grande maioria silenciosa decidiu não ser mais tão silenciosa assim.
Eles dizem que é ilegítimo, que legítimo foi o Fora FHC. Eles dizem que o movimento sem líderes formais - um verdadeiro movimento de massa, apartidário, não tem força. Força teria se tivesse respaldo da CUT, do MST ou de outro bando qualquer de baderneiros. Eles dizem que é um movimento "da zelite", como se quem trabalha e ganha um pouco mais do que a média não tivesse direitos, só o dever de pagar impostos.
A vaia a Lulla e a tudo que ele representa, por mais que queiram se iludir não foi armada pelas "oposições". Foi espontânea, de gente que não agüenta mais esse tipo de coisa:
- correios;
- mensalão;
- valerioduto;
- sanguessugas;
- Duda "rinha de galos" Mendonça;
- Pallocci e o sigilo bancário do caseiro;
- dólares em malas e cuecas;
- a incrível empresa do Lulinha;
- a invasão do Congresso pelo MLST;
- o dossiê Vedoin (esclarecer deveria ser questão de honra para Lula).
São 106 escândalos de que temos notícia, todos regados a uma impunidade que ofende os mais simples preceitos éticos. Além disso, ainda há:
- aumento abusivo da carga tributária, com uma falta de serviços nunca antes vista neste país;
- inchaço da máquina pública;
- as inúmeras tentativas de controle das informações e da imprensa;
- crise de infra-estrutura que resulta em morte todos os dias.
- só no apagão aéreo, foram 354 mortes de pais de famílias e pessoas de bem. Além disso, há as morte nos hospitais. As das rodovias federais nem têm como ser contabilizadas.
Eles estão com raiva, não os chamaram para a festa. Colocaram os protestos sábados, não num dia útil e os vagabundos não tiveram como matar trabalho por causa disso. Não houve quebra-quebra, não houve depredação de bem público, não houveram arrastões. Isso não é um protesto legítimo, bradam eles a quem quer ouvir. Existe pouca gente que ainda quer ouvi-los, mas a cada dia aparece um a fazer eco com "eles".
Nunca antes nesse pais o povo - não uma massa de manobra iludida ou com más, péssimas intenções - se manifestou de maneira tão veemente.
"Eles" podem ainda ser a maioria, os barulhentos. Mas são "eles", estou do lado de quem ainda tem alguma moral. Prefiro estar certo a ser maioria "deles".