novembro 22, 2004

Amores platônicos.
Quando temos nossos amores platônicos, aqueles amores a distância, relacionamentos unilaterais por pensamento fica fácil controlar. Às vezes sai alguma indireta para a "menininha ruiva", mas nada que dê uma pista concreta do sentimento nobre que no impulsiona. Falo em sentimento nobre - termo mais brega, né? - para diferenciar do sentimento mais carnal que temos. Esse sim é mais fácil expressar, pois se não rolar, logo é substituído.
O problema todo é quando nós somos o "menininho riuvo" e a menina não quer deixar esse amor no nível de Platão. Ela dá indiretas, demonstra atenção excessiva e por vezes invasiva que chega ao ponto do constrangimento. Claro que isso não seria um problema se ela despertasse um interesse mínimo. Só que sempre são as outras que fazem essas graças.
Passa muitas vezes pela cabeça resolver a situação dela e terminar com a agonia (não há termo que se encaixe melhor) mas nesse ponto que se detecta o ponto mais grave e sinistro da situação: sentimentos.
Não que eu ligue, mas quando a menina chega a esse ponto, é porque está rolando, para ela, algo além de uma simples atração. E, caso ela consiga pelo menos uma parte do seu objetivo, há 99,999...% de chances dela ficar no pé.
É uma situação incômoda, e não podemos dizer que serve para pelo menos inflar o ego porque não é verdade. na maioria das vezes o assédio é tão explícito que atraplha o desenvolvimento no nosso amor platônico. Sempre que tentamos algo vem aquela desculpa: "mas tem a fulana que gosta de você" e se falamos a verdade "ela é lgal, mas num tem a mínima chance" somos monstros insensíveis.