fevereiro 15, 2005

Atraso e retórica terceiro mundista.
Existem certas coisas que eu não gosto de discutir. Política é uma delas. Principalmente porque quem gosta de discutir política defende daquela esquerda romântica (yankees go home), populismo demagógico ou um estado extremamente paternalista (tudo pelo social). Ou defende uma mistura dos três. Como normalmente eu sei expor bem meus argumentos e desqualificar os dos outros em uma discussão, sem baixar o nível, essas trocas de idéias e oppiniões se tornam inviáveis com radicais.
Mas certas coisas não dá pra deixar passar. Por mais que queiramos não dá pra ficar quieto. Acompanho sempre o noticiário econômico, que me abstirei de comentar e, agora, a possível reforma no ensino. Principalmente o superior. Quanta idiotice, meu Deus!
Primeiro fizeram o provão. Saiu pela culatra já que as publicas esculacharam as faculdades caça-níqueis. Tiraram um provão que era injusto mas relativamente simples de se entender e analisar os resultados por algo extremente confuso e com maior chance de manipulação. Fora isso, as novas medidas restringem o investimento de faculdades estrangeiras, faculdades tipo Harvard, Oxford que têm campus até na Argentina, por que tirarira a soberania do ensino nacional (que falta faz a voz pra se empostar ironia a certos termos). E isso pra que?
Segundo as reformas os coselhos de gestão adminsitrativa, financeira e acadêmicas ficariam a cargo de lideranças da comunidades e não só dos donos, professores e alunos da faculdade. Volto a perguntar pra que? Com que objetivo?
Do jeito que está vamos ter gente sem o mínimo prepara interfirindo no dinheiro alheio e no conteúdo curricular, o que vai influir diretamente no futuro profissional dos alunos. Ao que parece têm um monte de pedagogos, filósofos e intelectuais¹ sem emprego por aí doidos pra ganhar sem fazer nada. Ou pior, ganhar pra atrapalhar os negócios e a vida alheia.
Essa reforma esta fadada ao fracasso e atrasar ainda mais o desenvolvimento de uma classe acadêmica no Brasil. Houve uma reforma semelhante na Suécia (1° mundo) que em míseros seis anos foi abortada.
Engraçad a elite intelectual brasilera. São incapazes de olhar um sistema que daá certo nos EUA, Inglaterra, Bélgica, Coréia, Japão... e adapta-lo à nossa realidade. Sempre aparecem com soluções heterodóxas que não se sabem se vem de inspiração divina ou de uma bando de chipanzés colocados para digitar um tezxto no computador.

¹Como se chega a ser um intelectual? Que faculdade se faz? É concurso público? QI (quem indica)? Ah, eu quero ser um intelectual e falar asneiras e aceitarem se fossem coisas sensatas.