março 11, 2006

Carta enviada ao jornal O Globo

MPF/RJ questiona operação do Exército:
Os senhores do MP/RJ que entraram com essa infeliz ação com certeza não moram em "comunidades" dominadas pela violência dos traficantes. Saibam, pois, que os moradores dessas comunidades não têm a sua disposição seguranças ou escoltas policiais.
Não existem ainda estatísticas confiáveis, mas estudos preliminares mostram uma diminuição de até 70% da acorrência de crimes nas áreas próximas as ocupadas pelo Exército. Conocordo que o patrulhamento ostensivo é função das Polícias Militar e Civil, mas há anos isso não tem sido feito. Não por culpa dos policiais, mas por governantes populistas do Estado que colocam interesses eleitorais eleitorais acima do bem estar da população. A polícia no Rio está desaparelhada, destreinada e desmoralizada e uma grande parcela de culpa desse quadro é do próprio Governo do Estado que durante anos, décadas impediu os policiais de fazerem o próprio trabalho. Infelizmente essa é a verdade.
Como se isso não bastasse, o Tráfico, o Poder Paralelo (sim, eles mandam mais que o MP/RJ, não sabiam?), invadiu um quartel do Exército e roubou armas. Espera-se que o Exército faça alguma ação para recuperá-las, não fazer essa ação ou ter impedida por liminares - a palavra Justiça não se encaixa nesse contexto - é desmoralizá-lo. E dar ao Tráfico a certeza de proteção e o incentivo para outras invasões e outros roubos de armas e munições. Quem sabe um blindado de combate?
Tem certeza que é isso mesmo que os senhores querem?

Já está na hora de nós, que estamos cansados de viver com medo da bandidagem, começarmos a mandar cartas e e-mails de apopio total e irrestrito as ações contra o crime organizado. As donzelas do DH fazem barulho, chamam a atenção e atrapalham todo o combate ao crime. Por que nós ficamos quietos?
Agora, duvido que publiquem este ou qualquer e-mail de apoio à ocupação do Exército.