Porque eu não me aproximo de você.
Muita gente, quero acreditar nisso mesmo não tendo provas, quer se aproximar de mim, ser amigo, andar junto ou só conversar assuntos fora do ambiente de trabalho.
Essas pessoas sabem que corro disso mais que militante corre de banho.
Não é que eu seja insensível, como pensam, ou antissocial, como tento ser. A verdade é que faço isso exatamente pelo motivo oposto. Quando gosto (no sentido de ir com a cara, admirar a luta, a vontade de ser uma pessoa melhor) do indivíduo eu tento ajudar, aconselhar, mostrar o melhor caminho para ela alcançar o objetivo que almeja. E eu concordar com isso ou não é irrelevante, não é minha vida.
É quase uma compulsão querer que a pessoa se sinta bem, querer que a pessoa fique bem e essa preocupação me consome mais que alguém poderia imaginar, por isso me afasto da maior parte das pessoas pois sei que, como eu e todo mundo, elas têm os problemas delas e as pessoas me enxergam como um apoio, um ponto de segurança. E eu não consigo mais ignorar as necessidades deles, fico disponível demais.
Não me arrependo, não faço isso para cobrar favores ou reconhecimento, faço isso porque eu acho certo, porque é o meu jeito de tratar as pessoas pelas quais eu tenho algum apreço, o que não é todo mundo. E isso desgasta.
Meu medo, analisando friamente, é usar o problema dos outros, a preocupação dos outros para fugir das minhas e isso não seria uma coisa muito legal a médio e a longo prazo para minha vida. Meus problemas também precisam ser resolvidos.
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