Reflexos de luz e sombras.
Muitas pessoas estão, não literalmente, enlouquecendo com o confinamento causado pelo Vírus Chinês nesses primeiros meses de 2020. O fato de estarem em casa (e eu aqui não vou entrar no problema econômico, não dessa vez), mesmo com salário garantido, mas sem sair, ver gente, ver rua. Trabalhando de longe de colegas, parentes, às vezes até namoradas, sem contato e com mais tempo para conviverem com eles mesmos.
E esse é o problema.
Muita gente fala em refletir, mas quando refletimos vemos nosso próprio reflexo.
E esse é o problema.
Muita gente fala em refletir, mas quando refletimos vemos nosso próprio reflexo.
E aí?
Com o tempo que nos foi imposto pela pandemia estamos nos encarando mais, vendo com mais detalhes e sem ter nada que desvie o foco. Quantos estão gostando do que estão vendo? Vou além. Quantos estão se surpreendendo, negativamente, com o que estão vendo? Todas suas características, sem máscaras, sem justificativas, apenas como somos, nus e crus. Nos pensamentos mais fundos, mais escondidos nas sombras de uma pálida luz de virtudes falsas que ostentamos? Com o tempo para ver nosso reflexo, com o olho acostumando aos contrastes, nada mais fica escondido.
Quando a pandemia passar e o novo normal se estabelecer, será que teremos superado todo esse autoconhecimento imposto, será que nos sentiremos confortáveis em refletir nossas máscaras, nossa autoimagem?
Isso vai ser o verdadeiro desafio para muita gente.
Quando a pandemia passar e o novo normal se estabelecer, será que teremos superado todo esse autoconhecimento imposto, será que nos sentiremos confortáveis em refletir nossas máscaras, nossa autoimagem?
Isso vai ser o verdadeiro desafio para muita gente.
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