Um Parágrafo de profilaxia.
Às vezes me acusam de fazer uso da profilaxia, mas é uma falácia mal disfarçada em um sofisma. Uma acusação de má fé e até ingenuidade, diria. Eu sou conciso e claro em minha mensagem, pelo menos é isso que tento sempre, mas nem sempre obtenho sucesso pois as pessoas tendem a se confundir com extrema facilidade (que chega a ser paradoxal meu esforço para dizer o que deve ser dito com poucas palavras e a maneira como coisas simples são complicdas por gente que simplesmente não aceita a simplicidade de certas coisas). Pessoas profiláxicas, que não são poucas e não têm a menor preocupação de esconder esse traço, têm um discurso vazio e usam desse dom - que é uma maldição quando não há maneira de se evitar e a pessoa é profiláxica involuntariamente - para se passarem por eloqüentes quando, na verdade e de contrária à intenção e de eloqüência não existe nada. Mas a profilaxia, quando bem empregada, nos raros casos onde isso é possível, pode passar uma idéia e essa idéia ser tão minuciosa nos pormenores que não restará dúvida da mensagem a ser passada. Pena que usualmente ela é usada apenas com objetivo, facilmente alcançado, vale a pena ressaltar, de ludibriar o ouvinte, coitado, que sem ter como se defender, ou por lhe faltar argumentos mas, na grande maioria dos casos, por lhe faltar entendimento mesmo, se perde em meio a um discurso bem elaborado superficialmente parece profundo mas no fundo é só superficial.
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