julho 02, 2014

Gueto Cultural.

Entendo e aceito que a pessoa deve fazer aquilo que lhe dá prazer e que não interfira nas outras pessoas, sempre falo que não se deve levar em conta argumentação do tipo "só você que (não) gosta", "só você que é diferente". Somos indivíduos, não coletivos. Inclusive eu mesmo sigo por essa filosofia e tenho muitos amigos com gostos totalmente diferente dos meus.
O que me exaspera é que algum gostos, a filosofia de alguns gostos que se apoiam na maioria constroem um gueto em torno de si que simplesmente desprezam conhecer e experimentar algo novo, algo que não seja aprovado pelo coletivo. Difícil conviver com alguém que acha que o que não gosta é ruim e o que não conhece não vai gostar. Complica.
Esse gueto cultural auto imposto é triste, a pessoa se fecha naquele mundinho limitado onde todos são iguais, pensam igual, se vestem igual e gostam da mesma coisa e deixa todo um universo de experiências de fora. 
Óbvio que nem todas as experiências serão agradáveis, mas todas serão construtivas. 
Essa limitação cultural auto imposta vai se fechando como muros de um castelo desabando para dentro, soterrando e fechando o grupo ainda mais e sem diversidade todos sabem que vai se acabar concebendo monstros bizarros pela união de suas piores características.
O pior é que nós que vivemos fora desses muros, desse feudo intelectual e xenófobo sofremos porque somos minoria e nada no mundo é feito para minorias.

1 Comments:

At 4:44 PM, julho 02, 2014, Blogger Ron Groo said...

Concordo que é complicado, por vezes, deixar a segurança de um grupo onde se é "mais um" e se aventurar fazendo crossover em outras culturas ou gostos.

E tanto é difícil aceitar cruzar a linha, quanto ser aceito após este cruzamento pelo outro lado.
Deve ser mecanismo de defesa, daqueles tipo: "este cara não manja nada, não sabe o que é isto, nunca viveu a realidade daqui. Quer o que?"
Passei bastante por isto por querer ter uma pluralidade que por muita gente é vista como falta de estilo ou coisa do gênero.

Óbvio que não se deve deixar de fazer, mas eu sou cara de pau ao extremo.
Muita gente não é.

 

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