Quando o prazer torna-se alívio.
Escrever às vezes é apenas uma forma de organizar as ideias de uma maneira lógica e cronológica, seja pelo acontecimento em si, seja pela percepção do acontecimento. Acaba sendo uma forma de alívio, às vezes até um desabafo de maneira que ninguém seja perturbado com isso.
O problema começa quando o prazer que a escrita deveria dar retrocede a vira apenas uma forma de alívio. Algo ruim acontece e todo um esquema de texto já vem à cabeça, os dedos se movimentam como se coreografassem um balé em cima dos teclados, na frente dos olhos aparece um editor de texto com as letras se juntando em palavras, formando o texto e traduzindo as ideias.
Tudo é claro, na imaginação.
Na vida real ocorre a luta para o rosto parecer sereno, a voz não tremer o continuarmos como se nada tivesse acontecido.
No final das contas, tudo o que queremos é apenas transformar uma sensação ruim num texto ruim para pelo menos isso sair de dentro de nós e dar lugar para o próximo aborrecimento.
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