Tudo pode e vai virar um problema.
Às vezes a gente está quase que desesperadamente tentando encobrir um pensamento ou um assunto ou um problema que não está em nossas mãos ou não podemos resolver na hora e, de repente, vem a chamada epifania.
Essa epifania raramente serve para resolver alguma coisa, mas explica com poucas frases o causa primária do problema.
Em uma das últimas vezes que isso aconteceu percebi que meus maiores problemas são causados pelo que deveriam ser minhas maiores qualidades. Por não saber, mesmo quando eu quero e preciso, virar as costas para alguém e deixá-los a mercê da sua própria sorte e escolhas, eu sempre estou ao lado, tentando ajudar, priorizando, enfim, sendo leal.
Se não leal a pessoa, leal aos meus próprios valores. Leal ao que eu acho certo.
Nessas horas eu queria ser uma pessoa com menos caráter, uma pessoa tão egoísta quanto acham que eu sou. Mas não consigo. Não consigo ver um problema e não dar uma solução. Não consigo saber que sou um dos primeiros, às vezes o único que posso ajudar e cruzar os braços, fingir que não é comigo, esperar um pedido e negar, dizer que não tenho nenhuma ideia.
Me convenci que não faço isso pelos outros, ou para cobrar favores - sei que não cobraria nunca, não é da minha índole - sequer para serem gratos a mim, mas total falta de reconhecimento me desanima e entristece.
Essas coisas pouco a pouco vão me fazendo repensar se vale mesmo a pena me manter leal e a hora que eu for convencido que não vale mais, aí não vão ter mais volta. As pessoas precisam entender que elas podem nem saber que têm algumas coisas, mas podem perder.
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