julho 27, 2010

Quando Uma Piada é só Uma Piada

Sempre digo que vivemos sob uma ditadura do politicamente correto e sempre me chamam de paranóico por isso. Sou paranóico com um monte de coisa, aceito, mas infelizmente não é esse o caso.
Um dos problemas desse pessoal pseudo-intelectualizado, pseudo-consciente, pseudo-politizado e pertencentes a outros pseudismos também, é que abrem mão do bom senso. Não digo mais que abriram mão do senso de humor, pois acho que isso nunca tiveram mesmo. Mas, tudo bem, ninguém precisa rir de tudo, ou achar uma coisa engraçada só porque a maioria acha. Isso seria até uma violação da liberdade humorísitica do indivíduo (isso foi uma tentativa de ironia).
O problema começa no ponto que eles deixam de reconhecer uma piada, uma brincadeira, um chiste como sendo apenas uma piada, uma brincadeira, um chiste. Uma brincadeira contra um estereótipo de gay, de careca, de gordo, de cara normal é tido como uma ofensa discriminatória e preconceituosa contra todos os gays, carecas, gordos e cara normais. Não necessariamente ao mesmo tempo. Ao não reconhecer uma brincadeira como tal eles se forçam a se sentir ofendidos e começa a encher o saco com um mimimi acusatório.
Antes achava que era só viadagem (não tem a ver com a orientação do cara, mas a atitude viada), agora acho que é simplesmente falta de discernimento e inteligência mesmo. Neguinho quer porque quer se fazer de vítima, se sentir discriminado, ser um coitado para que tenhamos pena dele e ele ganhe uma vantagem. Além de ser uma atitude extremamente irritante ainda revela uma falta de caráter gigantesca.
A primeira trincheira da guerra que esse povinho pseudo faz contra o bom senso está justamente no Humor. Cedendo a isso, perdemos nossa última defesa.

julho 02, 2010

Patriotismo e patriotadas.

Agora que acabou a Copa do Mundo para a Seleção do Dunga, mas não para quem gosta de futebol, o discursinho dessa galera que se diz mais brasileiro que os outros ganha força. Na hora em que a maioria dos Brasileiros está triste pela desclassificação do mundial, algumas pessoas ficam felizes por terem uma vez mais a exclusividade de ser brasileiros.
Futebol, quer queiram, quer não, é um traço cultural forte que une esse país. Na hora de uma Copa do Mundo as pessoas se sentem mais brasileiras, é fato. Não quer dizer que não se sintam brasileiros no resto do tempo, mas é nesse mês, a cada quatro anos, que todos somos iguais em uma torcida.
"Nada mais importa".
Quando começa a copa, algumas pessoas, pseudo-politizadas começam, com a convicção tóipica de papagaios, a repetir um discursinho batido de manual da esquerda adolescente de que "o futebol é o ópio do povo", "ninguém mais lembra dos problemas de corrupção, violência, saúde, a baixa audiência da novela das oito, blablablá..." Essa gente tem certeza que ser brasileiro é discutir todo o tempo os problemas do país, só ouvir música Made in Brasil, não importando sua (falta de) qualidade e que tudo que vem de fora é ruim, só o que é produzido por Pindorama é bom.
Esse patriotismo engajado é praticamente uma xenofobia. Essa gente está feliz agora com o fracasso de um dos símbolos do país, com a tristeza da maioria absoluta da população. Vai entender.
Discordo, claro, desse pensamento. Não acho que o povo esqueça dos problemas na Copa, mas use a Copa para trocar o foco do pensamento, ter uma esperança, uma alegria. Cada vitória da Seleção, cada gol marcado é um gol deles também. É um gol nosso. O dinheiro, que não temos, gasto no churrasco no dia do jogo com os amigos, a torcida junto, a divisão da ansiedade é o que precisamos pra enfrentar mais quatro anos da vida dura que temos.
Mas não para os donos do patriotismo, esses que criticam qualquer um que ouça músicas americanas ou inglesas, que chamam os americanos de estadosunidenses, para esses não importa a tristeza do povo, para esses só importa a alegria que só enxergam o sofrimento de outros. A revolução por eles pregada não passa da socialização do sofrimento para a alegria dos donos da verdade.
Patriotismo nunca foi apenas torcer para uma Seleção em uma Copa do Mundo, mas com certeza não é impedir essa torcida em nome da conscientização política de manual. Não seria um hexacampeonato que faria a vida melhor, mas com certeza não a deixaria pior.