novembro 29, 2007

Pensando na vida.

As pessoas gerlamente pensam demais na vida. Menos mal quando é na própria vida, ruim mesmo é quando passam a maior parte do tempo pensando na vida dos outros. Normalmente deitam e pensam no que poderia ter acontecido, mas não aconteceu. No que poderiam ter feito, mas não fizeram e no porquê não fizeram.
E no outro dia deixam de fazer as mesmas coisas, o que queriam que acontecesse diexa de acontecer de novo tudo porque apenas nos pensamentos tudo dá sempre certo. O famoso universo do "se": se eu ganhasse na loteria, se ela quisesse sair comigo, se eu ganhasse aquela promoção... vivem num mundo paralelo perfeito e deixam de viver a vida real. Não fazem nada para que essas vontades, esses desejos se realizem, apenas sonham.
Não faço (mais) isso. Não deito e fico imaginado o mundo perfeito até entrar no reino de Morpheus. Eu vivo. Espero as surpresas do dia seguinte e tento me livrar o melhor possível das ruins e aproveitar as boas. Um dia de cada vez. Simples.
Imaginar possibilidades leva apenas à ansiedade e às frustações. Ansiedade quando vemos que os outros não fazem o que sonhamos acordados que fariam e frustração porque nada mudou em mais um dia.
Mas quem fez alguma coisa para que essa mudança ocorresse?

novembro 26, 2007

Isso está muito errado!

Alguns dias atrás um turista indignado pelo cordão de ouro do pai ter sido levado na "mão grande" enquanto passeava pela praia de Copacabana reagiu, correu atrás do ladrão e acabou sendo atropelado e morto por um ônibus. Hoje o ladrão se entregou. Estava escondido numa igreja evangélica e apareceu com roupa de crente e uma Bíblia debaixo do braço.
Cara-de-pau!
Mais cara-de-pau ainda foi ele se fazendo de vítima dizendo que não ficou com o cordão, não ficou com a bicicleta, não ficou com nada. "Ficou tudo lá no chão". Coitado. Quanto tempo até alguma ONG Cheira Morro aparecer e culpar o turista italiano? Afinal, ele reagindo ao assalto e morrendo por causa disso impediu o pobre vagabundo de ganhar o seu pão (ou seria pó?) diário.
Como se isso não causasse indignação suficiente, um advogado explica que o argumento de que ele só roubou, o cara morreu porque não quis ser roubado, segundo esse código penal caduco ao qual estamos submetidos, pode livrá-lo de uma acusação de latrocínio (roubo seguido de morte) sendo ele processado apenas por roubo. Ou furto.
Só no Brasil mesmo que nos acostumamos a ver isso e quase ninguém sente indignação. E os que sentem têm vergonha de se manifestar.
Isso está muito errado mesmo!

novembro 25, 2007

A culpa não é minha.

Engraçado como neguinha acha que temos a obrigação de casar e ter filhos, senão seremos condenados a uma velhice infeliz e abandonada. Sei que esse assunto é recorrente nesse blog, mas a encheção de saco é recorrente na minha vida. Ninguém suporta a liberdade de quem não é casado nem tem filhos. Liberdade de podermos gastar conosco sem pensar em fraldas, mensalidades escolares, brinquedos... Liberdade de sair para um choppinho com amigos depois do trabalho sem ter que ficar com um olho no relógio e os pensamentos nas desculpas esfarrapadas para o atraso e nas brigas quando chegarmos em casa. Esse sentimento de inveja deve incomodar muito mesmo.
Fugi do assunto.
Dos que escolheram ser pais/mães - ou deram mole e tiveram filhos sem planejar - uma minoria se dedica sem arrependimentos a criar os filhos. Na grande maioria dos pais eu vejo aquele olhar de "o que eu poderia estar fazendo agora se não tivesse que bancar a babá do meu filho?", "poderia trocar de carro se não fosse a escola do 'júnior'". Dos pais que se dedicam sem arrependimento aos filhos tenho muita admiração e uma certa inveja. Inveja por saber que eu pertenceria à maioria. Como acho isso errado, melhor continuar sem descendentes.
O que eu queria mesmo entender é porque quem casa ou quem tem filho acha que temos obrigação de contribuir com isso. Quer casar? Problema é seu. Quer ter filhos? Arque com os custos. A culpa não é minha e eu ainda avisei que era um erro.
Não me venha pedindo... pedindo não, exigindo contribuição com fralda, chá de bebê, chá de panela ou outra coisa do tipo. Meu não tiram nada. Nem vem.
Ainda mais quem me chama de "louco" por não querer ter filho e depois vem pedir fralda? Se fode aí. E é melhor nem tocar no assunto comigo de novo ou vou ter que lembrar o que me disse. Nem ligo se me chamarem de insensível, mau ou outras pérolas pollyanísticas do tipo. Ando para esse tipo de gente.

novembro 07, 2007

Inexplicável!