dezembro 26, 2022

Concidências.

Eu não acredito em coincidências. Na verdade, eu não acredito em praticamente nada, de signos a deidades, de energia a conjunção de planetas. Acho que a única coisa que eu acredito é na aleatoriedade do azar que me persegue, mas isso é cientifica e estatisticamente provado, é algo real e sabido, não acreditado.

Mas tem horas que acontece uma coincidência estatisticamente improvável, como quando a gente escolher ler ou ver algo que há muito tempo procrastinava e o que é dito se encaixa perfeitamente com o que parece vir a seguir. Isso às vezes me assusta.

Fico pensando matematicamente nas possibilidades estatísticas de como as coisas chegam nesse nível de sincronização, sendo que se acontecesse antes ou depois, não teria a menor relevância e provavelmente passaria despercebido.

Como é um evento raro, me chama a atenção as poucas vezes que acontece e, essas poucas vezes que acontece, me faz duvidar da minha dúvida.

dezembro 08, 2022

Uma volta a quem eu era.

Sempre tive curiosidade em saber porque as coisas são como são e como as coisas funcionam, muito mais em como as coisas funcionam que no porquê. Sempre quis abrir meus brinquedos, mas por serem poucos os mais caros (carrinhos à fricção, bate-voltas) sempre segurei esses instintos, porém os mais simples e baratos eram desmontados e montados e misturados... até serem quebrados e eu ficar sem.

Enfim.

O problema disso é que eu nasci numa época que, quando comparada à facilidade que temos hoje de informação, tutoriais, curiosidades, ter acesso a qualquer informação era quase impossível fora do nicho de onde essas informações eram usadas e hoje com tudo isso a uma tela de distância me falta tempo, talvez motivação.

Por outro lado, durante o loquedau, o fiquencasa (se puder?), eu tive um tempo forçado e redescobri o prazer de aprender e entender as coisas para mim. Não coisas úteis, que eu vou usar sempre na vida, não coisas sobre trabalho, nada disso. Apenas curiosidades, ângulos novos de entendimento sobre coisas que eu já conhecia. Não necessariamente coisas que eu concordo, ou aprovo, pelo contrário, eu gosto de entender o que leva as pessoas a discordarem do modo como eu vejo o mundo e, por consequência, estarem erradas.

Quando o mundo voltou ao normal, eu perdi esse tempo, a rotina que eu não estava mais acostumado me asfixiou e hábitos bons que eu havia adquirido tiveram que ser deixados de lado. Agora mais acostumado a antiga rotina tenho que me programar a arrumar tempo para voltar ao processo de ser uma pessoa... não diria melhor, mas mais evoluída.

Se eu vou usar alguma coisa que eu aprender? Não sei. Se eu vai ser assunto com alguém? Duvido muito, é um interesse de poucos e acho que não conheço nenhum desses poucos. Mas é essa a graça, aprender por aprender, conhecer para saber e só.

E, tenho certeza, que isso me dará ferramentas que serão usadas indiretamente para fazer minha vida "despiorar".