Satisfação profissional .
Tem muito professor por aí que é um profissional amargurado, que detesta o que faz (ainda não cheguei nesse ponto) mas que se escondem hipocritamente por trás de um "amor à educação" para ciontinuar em sala de aula, enquanto está ali só para pagar as contas.
Todo mundo sabe que professor da rede pública ganha pouco, então porque fazer um concurso? Para ter estabilidade, para poder faltar sempre quando se tem uma diretora condencendente, para ter várias opções de horário de trabalho, para ter algumas regalias que em uma escola particular não teria? Mas, mesmo com essas facilidades ainda estão muito insatisfeitos com o salário, como se só o salário importasse.
Aqui eu tenho que repetir: concordo que o salário é baixo para o que nós estudamos e a responsabilidade que temos de dar algum tipo de conhecimento às pessoas na época da formação do caráter dela.
Continuando.
Acho que o salário nem é o principal problema da educação pública. Acho que o sucateamento e abandono das escolas seguido da desvalorização dos professores aparecem antes. Mas se tem gente que está tão decepcionada com o salário, abandonem e vão fazer alguma outra coisa para ganhar dinheiro! Só que abandonar o emprego público ninguém quer. Ninguém gosta, mas todo mundo quer continuar. Fico imaginando como esses educadores, ressentidos e amargurados, entram em uma sala para darem aula. Como será que eles encaram uma turma bagunceira? O que será que eles pensam na hora de repetir uma explicação?
Não consigo acreditar que professores tão insatisfeitos assim ministrem uma boa aula. Pelo contrário, acho que eles entram na sala e enganam os alunos, fazem o tempo correr sem nem sequer disfarçar o descontentamento por estar ali. Acho que professores com essa postura prejudicam mais a educação pública que os baixos salários ou equívocos nas políticas governamentais.