dezembro 31, 2004

Contra a corrente.
Odeio essa época do ano. Esse ‘espírito’ de fraternidade, paz, tolerância soa falso para mim. Muito falso. Se em uma semana por ano todo mundo pode ser legal uns com os outros,ficar sorrindo por aí com a amior cara de mané, porque não estenter isso o ano inteiro? Essa época de confraternização, de troca de presentes é uma encheção de saco. Não se fala de outra coisa. E se eu demosntro entediado ainda me pergunta ‘é época de Natal, por que não está feliz?’
Palhaçada.
Porque eu tenho que estar feliz justo essa época? Ora, dia primeiro começa tudo de novo, muda o calendário mas não muda a vida. Será que engo achar que pulando sete ondas, passando de branco com a roupa de baixo vermelha a vida vai mudar como que por milagre? Não acho.
Uma data, mudou o mês, mudou o ano e no dia dois (dia primeiro não conta por causa da ressaca) ao acordarmos vamos ver que tudo está como antes, e ainda temos que pagar a despesa do Natal.
Será que eu é que sou muito realista ou esse povo que é muito otário e fica feliz à toa mesmo?

dezembro 26, 2004

Beijos.
Sou de uma época que se beijava apenas em busca de um prazer, mesmo que momentâneo mas só em busca desse prazer. Aprendi a beijar assim e, francamente, não sei se quero saber de outra maneira. Nessas horas só penso numa maneira de achar como a menina goste mais de uma forma que também me satisfaça. Não fico preocupado em como vou posicionar o rosto ou onde colocarei as mãos. Só beijo e pronto.
Hoje beijos têm nomes, técnicas. Beijar deixou de ser só uma forma de carinho, passou a m frio desfile de técnica. Geralmente, por ser frio, se torna insatisfatório. Não sei se fico com pena ou outra coisa qualquer dessas meninhas que começam a beijar e beijam de tudo como é jeito, parecem que querem mostrar que sabem. Fica uma coisa distante, como uma apresentação coreografada. "Agora eu dou uma leve mordida e viro a cabeça pro outro lado, com tava na revista" - pensam elas? Estou quase acreditando. Existem hoje muitas meninas que sabem beijar, sabem mesmo, de todas as formas possíveis. Está cada vez mais difícil encontrar uma que beije bem.
Se o beijo é o início, o sexo então... com tantos vídeos, novelas e músicas (sic) auto-explicativas qualquer um sabe o que fazer na hora de uma transa. Agora, de saber fazer a fazer bem tem um abismo imenso.

dezembro 25, 2004

Lista de presentes recebidos de Natal.
+Uma câmera digital/webcam;
+Um diskman;
+You've Come A Long Way, Baby e Halfway Between the Gutter and the Stars (Fatboy Slim)
De mim pra mim.
+Uma camisa preta.
De quem acha que eu fico bem de preto.
+Um guarda-chuva, daqueles que dobram e ficam pequininhos.
De uma pessoa pragmática.
+Uma camisa cor de burro-quando-foge.
De alguém que não me conhece e/ou me odeia. Pode ser também que tenha um senso de humor distorcido, mas eu duvido um pouco.

Dúvida.
Ou o sistema de comentários não está funcionando faz muito tempo ou eu só escrevo verdades absolutas.
Deve se a segunda alternativa.

dezembro 23, 2004

Rascunhos.
Formatura é um dos troços mais chatos que existem, só é legal mesmo para quem se forma. É legal ver a cara de alguns alunos na hora que levantam para pegar o ‘diploma’. Só não é menos legal que a cara de alguns nas provas de recuperação. Formaturas de quarta série são piores: só tem pedagogas e professoras primárias, daí o nível da apresentação já viu... não sei o que foi pior, a direteroa falar ‘conselho de crasse’ ou colocarem uma criança para dizer ‘agora eu já tenho a arma contra o mundo’, dizendo que já sabia ler. Patético.
Organização de formatura é matéria obrigatória na faculdade de pedagogia?
-x-
Fazer compras na época de natal é o mesmo suplício de sempre. As matérias sobre essas compras também. Vou começar a reparar os penteados, as roupas e a moeda da época, pois continuo achando que eles reprisam essas reportagens desde a década de setenta.
Ainda mais agora que black-power voltou à moda.
-x-
Ouvi uma menina falar que tinha um biquini ‘de praia’ e um biquini de ‘piscina’. O engraçado é que o de praia, onde tem muito, mas muito mais gente do que uma pisicina é menor. Intrigante. Outra coisa foi uma menina com um short que seco já era trasparente entrar na água e o short se tornar completamente transparente dizer que tinha vergona de mostrar o biquini.
Quem entende?
-x-
Andando outro dia, vi em frente a uma loja de colchões uma ‘mamãe’ Noel loirinha, bonitinha, com uma roupar curta e o gorrinho vermelho dançando alguma coisa de xulé-music para fezer propaganda da loja. Concordo até que eu pensei no colchão, só lamentei não poder fazer um test drive com a tal mamãezinha Noel.
Às vezes acho que devo lavar minha cabeça com creolina. Por dentro.

dezembro 18, 2004

Pra quem ler isso aqui hoje à noite.
Matanza
Bom é Quando Faz Mal

Tá fazendo oque em casa?
Por acaso está doente?
Ver tv é deprimente
Não tem nada mais sem graça

Bom de noite é ir pra rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu vou fazendo...

Vai saber o que é normal...
Só o que posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

20 caixas de cerveja,
Um barril de puro Whisky
Kilos de carne Vermelho
Fique longe não se arrisque

Não importa onde esteja
É sempre onde tem mais barulho
Maior cheiro de bagulho
Diz se eu me orgulho...

Vai saber o que é normal....
Só o que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

Consequencia qualquer coisa traz
Quando é bom nunca é demais
E se faz bem ou mal tanto faz
tanto faz

Tá fazendo oque em casa?
Por acaso está doente?
Ver tv é deprimente
Não tem nada mais sem graça

Bom de noite é ir pra rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu vou fazendo...

Vai saber o que é normal...
Só o que posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

Consequencia qualquer coisa traz
Quando é bom nunca é demais
E se faz bem ou mal tanto faz
tanto faz, tanto faz, tanto faz...

dezembro 15, 2004

Realidade.
Chega da pílula vermelha. Eu quero a pílula azul de agora.

dezembro 11, 2004

Ser filho único é:
Odiar jogos que você precisa de outras pessoas tipo Jogo da Vida, ou Banco Imobiliário e ficar horas encarando o jogo sem ter com quem jogar;
Adorar video-game e joguinhos de computador;
Não ser muito bom em emprestar coisas;
Não ligar muito se aquilo que você quer já tem dono (principalmente quando é criança);
Não ligar muito se tem pouca comida e outras pessoas vão ficar com fome;
Ter vários nomes pra si mesmo;
Ter amigos com os quais só vc conversa;
Viver em mundos em que só vc vive;
Ficar falando e andando pela casa como se estivesse em outro lugar;
Ter um milhão de brinquedos encostados num canto;
Se divertir horrores brincando com pregos ou porcas ou pincéis ou gravetos, enfim, qualquer coisa;
Desenvolver manias estranhas;
Ligar o som alto e imaginar que está em uma festa;
Deixar a tv ligada só pra parecer que tem mais gente com você;
Já ter sido ou ser até hoje louco por gibis;
Criar suas próprias teorias pra explicar o mundo, como por exemplo de onde vem os bebês;
Adorar ser o centro das atenções;
Achar que tudo o que você faz é o máximo;
Se achar (e ser realmente) um pouco mais inteligente que as outras pessoas;
Considerar seus amigos como irmãos;
Não ser muito bom em receber críticas;
Já ter ouvido a célebre frase dos seus pais: "pelo menos você não vai ter que dividir a herança";

dezembro 10, 2004

Ditadura.
Quando vem chegando o verão dia sim dia não aparece um jornal mostrando a "preparação" de algumas pessoas para "enfrentar o verão". Traduzindo, isso significa mostrar um monte de tiozinhos e patricinhas correndo no calçadão, morrendo em uma academia de gisnástica para tirar pretensas gordurinhas localizadas.
Gostaria de saber onde está escrito que para "enfrentar o verão" (eu prefiro aproveitar o verão) eu tenho que ter um corpo "sarado" e "barriga de tanquinho"? Palhaçada. Aí fica aquele bando de gente sem ter mais o que fazer vai na hora se matricular numa academia e se encher de bombas para ficar "igual aquelecara do jornal". Deprimente.
O pior nisso tudo é o fato desse tipo de reportagem passar no horário de almoço com um monte de adolescentes assistindo. Na cabeça frágil (sejamos gentis) de um adolescente vai acender um botãozinho dizendo que ela - as meninas são mais sucetíveis - estão gordas mesmo que não estejam, que elas têm que ter um corpo dentro dos padrões esqueléticos para serem aceitas pelas colegas e conseguirem arrumar um namorado e outras inverdades mais.
Será que sou só eu eu tem alguém mais que realciona isso aos crescentes casos de bulimia e anorexia entre os adolescentes e jovens?

dezembro 05, 2004

Kenny G.
Essa festa me fez mudar um dos meus conceitos musicais: Kenny G não serve apenas para "animar" salas de espera de consultórios dentários, reuniões breves em elevadores e festa de debutante. Serve para animar casamentos também.
E não é que o cara é um artista mais versátil que parece?

Sábado Perdido.
Já sabia que era furada quando me falaram que iria rolar o casamento da irmã de uma vizinha conhecida de não sei quem. Só não sabia que iria ser tão furada. Vamos por partes.
Primeiro para chegar a igreja tive minha primeira experiência de rally na minha vida. Me disseram "chegando á Base (Aérea de SC) vira à esquerda numa rua de terra, deve ser na quinta ou sexta rua". Sabia que "rua de terra" não é boa coisa, mas fiquei até surpreso. Rua mesmo não tinha, e os buracos, bom, eram uns dois minutos para só chegar ao fundo e uns quatro para sair. E a droga da rua não chegava nunca. Agora, o absurdo mesmo foi colocarem quebra-molas numa rua que não dá pra ir rápido nem à pé.
Da cerimônia eu não posso falar nada, cheguei nas juras e nem entrei na igreja. Mas a quantidade de arroz jogada nos noivos... que exagero. Dizem que é para ver se o casamento dura até acabarem as prestações da festa.
A festa, na Base Aérea, me divertiu só no início. O gardinha da PA batendo continência prum cara com cabelo grande (pro padrões militares) e barba foi impagável. Quase respondi a continência. Depois foi a chatice normal dos casamentos. E a noiva, recém convertida (a-há!), não deixou rolar nada de álccol. Aturar Kenny G, as criança tudo* corrende e as mães histéricas porque elas estavam sujando "a roupa nova que comprei só pro casamento" só com refrigerante genérico num rola. Ainda mais com a falta de salgadinhos. Mais um sábado perdido da minha vida.
Que puxa!

Obs.:
Por isso que eu não faço festa, gasta-se uma puta grana e neguinho ainda sai falando mal.