maio 30, 2004

Religiões.
Não sei se é só impressão minha, mas tenho reparado que quanto mais inteligente é uma pessoa, menos fé ela demonstra ter.

Falo de inteligência no sentido de resolver um problema desconhecido, de ter a humildade de estar sempre em busca do conhecimento, de saber defender sua própria opinião e ainda assim respeitar as dos outros.

Impressionante também é o fato que quanto mais uma pessoa demonstra ter fé, menos ela aceita a pinião e escolha do outro. Sempre está com o papo que só a religião, a visão que ela própria tem do mundo, da alma e da outra vida (se existir) está certa. Não aceita em nenhuma hipótese a mais leve possibilidade de que houve um mínimo erro na interpretação dos ensinamentos da religiãoque segue.

Conicidência? Pouco provável.
O que significa? Difícil deizer. Dá medo só de pensar.

Carro.
Se nada der errado, logo logo vou estar andando de carro.

Cuidado, velhinhas ao atravessar a rua...

Atualização: Eu sei que a imagem é da época do blig, um dia eu conserto. Ou não.

maio 29, 2004

Pessoas erradas no lugar errado
Deficiência de carinho é uma das piores pragas da vida moderna. Hoje, como ninguém tem tempo nem para si mesmo, não vai desperdiçar o seu tempo com outra pessoa.

Não que eu precise ou me importe com isso. O problema é que tm muita gente que sente falta de uma pessoa para conversar, para contar da própria vida e sabar da vida alheia. Não que eu precise ou me importe com esse tipo de gente.

O problema é quando esses infelizes começam a trabalhar em atendimento ao público. Qualquer um que chega é motivo para puxar assunto. Mas a desgraça mesmo acontece quando chega um infeliz para ser atendido com a mesma deficiência de atenção. Nada mais funciona. Param o que estão fazendo, e ficam falando dos filhos/final de semana/pareceiro que os(as) trocaram por outra ou por qualquer assunto inútil.

E quem tá na fila que se dane, nós que não precisamos de tanta atenção mas dependemos dessas almas pouco iluminadas sofremos com a espera.

Isso de falta de atenção já está até sendo explorado por algumas empresas sob o título de serviços personalizados. Ó timo. mande esse bando de infelizes pra atender o outro bando de infelizes no personalizado e nos livrem dessas pragas para resolver os nossos problemas.

.::Esse pessoal do marketing não tem visão mesmo::.

maio 28, 2004

Privatização.
Sou totalmente a favor das privatições. Tudo privatizado. Ou no mínimo, a perda total da estabilidade do funcionalismo público.

Já tá mais que provado que enquanto os caras ficarem lá, com a certeza de que não serão mandado embora não irão trabalhar. Ou pior: irão trabalhar de má vontade, atrasando e fazendo tudo errado de sacanagem.

Vamos vender tudo. O estado cuidando só da emissão de dinheiro e das fronteira. Vamos vender todas as estatais para qualquer um que queira pagar.

Depois da venda, vamos substituir os incompetentes de cara. Trocar por outro mesmo, sem chance de voltar atrás. Podemos trocar por brasileiros, americanos, venzuelanos, argentinos paraguaios ou até chineses ilegais.

Ficar quatro horas numa fila de banco para ver apenas cinco clientes na sua frente serem atendidos por duas funcionárias não dá.

maio 27, 2004

Fazer a diferença.
Quando se toma certas atitudes que não estão, digamos, de acordo com a maioria o povinho (no sentido mais pejorativo do termo) sempre pergunta por que fazemos aquilo se não vai fazer diferença.

Quando andamos com uma embalagem qualquer, um papel de bala ou uma latinha de refirgerante na mão até achar uma lixeira em vez de, simplesmente, joga-las na rua sempre tem uma que fala "A cidade tá suja mesmo, joga em qualquer canto. Não vai fazer diferença."

Pode não fazer diferença para quem não se importa com nada. Para quem acha que é certo fazer, ou não fazer, uma coisa só porque todo mundo age dessa maneira. Quem está acostumado a obedecer sem pensar e, muita das vezes, sem nem mesmo receber uma ordem. Em suma, uma maria-vai-com-as-outras.

Diferença sempre faz. Uma enorme diferença. Uma lata pode não fazer diferença na sujeira do centro de uma grande cidade, mas para a pessoa que jogou a lata na lixeira, para ela sim fez uma grande diferença. Ele sabe que não contribuiu para a imundície do lugar que vive. Ele sabe que não tem um comportamento de uma porco.

Isso de querer fazer diferença para o outro, para a comunidade, para o mundo, isso é utopia. Pura, simples e inútil utopia. Se nossas ações fizerem alguma diferença para nós mesmos já é o bastante. Já viveremos bem sabendo disso.

maio 26, 2004

Galeria de pessoas odiáveis:
O "cara legal".

O "cara legal" é o demônio em forma de gente. Está sempre sorrindo, sempre de bom humor, concorda com tudo e com todo mundo. No meio de uma discussão entre iraquianos e estadounidenses consegue ficar do lado dos dois. Ao mesmo tempo.

Ele aparece do nada. O problema é que sempre se recusa a voltar ao nada.

Você tá lá falando sobre um assunto, um assunto qualquer, expondo com arguumentos sólidos sua opinião e eis que surge o "cara legal". Ele se intromete no assunto, concordando com o que você fala, é claro, se apodera de seus (nossos, não dele) argumentos, torca por termos técnicos-pedagógicos e começa a falar como dse fosse ele o dono da opinião. Desprezível.

O "cara legal" também é prestativo. Faz todo o possível para fazer um favor (falsamente) desinteressado a uma pessoa, então essa pessoa passa a dever-lhe um favor. Nunca vai conseguir pagar. É como se tivesse empenhado a alma.

Ele também se acha um don Juan. Não percebe nunca o que está rolando e sempre tenta se chegar em uma menina que está interessado em outra pessoa. Atrapalha a vida da menina, da outra pessoa e ainda fica lá, com aquele sorriso escroto congelado no rosto. Sem noção de nada.

"Caras legais" têm que morrer.

maio 25, 2004

Propagandas que gostaríamos de ver.


Viajou na batatinha.

maio 24, 2004

Amostra grátis.
"[eu] Se você não aprendeu isso na sua faculdade privada, não serei eu quem vai ensinar.
[ela] E a sua pública cheia de greve e...
[eu - interrompendo] Conceito A no provão. Desculpa tá?
"

O resto está .

maio 23, 2004

Literatura.
Pegue o livro mais próximo de você.
- Abra o livro na página 23.
- Ache a quinta frase.
- Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.

"Sobre a Rvolução e seus resultados não emitia opinião."
A Revolução dos Bichos
George Orwel

Vida dos outros.
Não sou curioso sobre a vida dos outros. Quando alguém chega para me contar algo da vida alheia, normalmente troco de assunto. Não fico perguntando nada sobre os outros mesmo, ainda mais para saber através de terceiros (ou quartos, ou quintos...).

Não entendo a necessidade de algumas pessoas têm de dar satisfações de tudo o que fazem ou deixam de fazer. Por mim ninguém sabe nada da minha vida. Não dou saitsfações mesmo e, quando fazem uma pergunta qualquer que eu não queira responder desconverso mesmo.

O problema é que todo esse esforço é em vão. Quando as pessoas conhecidas vão fazer alguma m*!, por algum misteriosos motivo, fazem na minha frente.

Sigo normalmente um certa rotina em relação aos caminhos e horários, e, de vez em quando, vejo algum furo de alguém. Impressionante.

Ontem mesmo, vindo pra casa de madrugada (tá, ta, quase de menhã), no ponto onde normalmente pego ônibus, eis que vejo um carro de uma conhecida e dentro dele a referida conhecida acompanhada. E, como posso dizer, com certas... liberdades... com essa comapanhia dentro do carro.

Com tanto lugar para eles namorarem (estou sendo gentil) por que tinha que parar exatamente no meu caminho? Essa informação não vai contribuir em nada na minha vida.

maio 22, 2004

Responsabilidades.
É escroto a mentalidade de certas pessoas que têm criam animais de estimação. Não fazem nem sequer a mínima idéia do que é ter um ser vivo sob seus cuidados. Ou não fazem ou não ligam.

Apesar de mais resitentes, quietos e menos propensos a causar decepções (virar gay ou fanqueiro ou pagodeiro ou etc.) eles são muito mais dependentes de nós que imaginamos.

Nem quero falar de pessoas que arrumam um animal filhote e depois largam por aí quando ele fica adulto e "grande demais" para ser criado. Pessoas assim merecem morrer na miséria, sem carinho atenção e implorando, em vão, por comida e água.

Existem algumas pessoas que arrumam um bicho qualquer e, na primeira doença e/ou machucado não procuram tratar do bicho. Dizem que não têm dinheiro sobrando para isso, não têm tempo ou inventam uma outra desculpa qualquer. Também merecem morrer na miséria, sem carinho atenção e implorando, em vão, por comida e água.

Será que é tão difícil entender que um bicho se sente parte da família? Pelo menos o meu se sente assim e é parte da família. Ele confia em seu dono criador para ampará-lo.

Estranho mesmo ver uma pessoa que cria um bicho, diz gostar do bicho, tratá-lo com indiferença quando ele apresenta um problema qualquer. Não procurar mudar um mínimo a rotina ou diminuir um pouco os supérfulo para tratá-lo. Muito estranhho. Não entendo e, acho que mesmo se um dia entender, não aceitarei.

O meu, teve um problema gaste, sem pena nem pesnar uma única vez um dinheiro que eu não tinha* para vê-lo bem. Não fiquei feliz em gastar essa grana, mas não me arrependo por nem um instante de tê-lo gasto. Gastaria o dobro o o triplo se fosse/for necesário.

Vejo algumas pessoas olharem com um misto de espanto e desdém quando comento o que eu gastei. Nem ligo. Se eu assumi a responsabilidade de criar um bicho acho meio claro que eu tenho que fazer todo o possível para que ele fique bem enquanto estiver comigo.

Um animal, não querento emtrar no mérito dos sentimentos, é uma responsabilidade maior do que uma criança. Crianças têm leis que as protegem e pessoas dispostas a cumprir essas leis, animais não. (Sim, eu gosto muito mais de bichos do que de gente, por que? Qual o problema?)

*Na época mais que o salário mínimo de hoje.

maio 21, 2004

Referências culturais ou coisa de quem não tem nada pior para fazer mesmo?
Algumas pessoas, eu inclusive, têm a mania feia de no meio de uma conversa inserir uma frase, um diálogo ou mesmo apenas uma observação obscura de algum filme e/ou desenho. Fazem isso da maneira mais casual possível, como se todo mundo fosse obrigado a perder tempo com coisas desse tipo.

Agora, o revoltante mesmo, é quando algum desavisado pergunta do que se trata ou demonstra que não entendeu. Coitado, só falta ser execrado e apedrejado. [diálogo de filme] Ninguém vai atirar uma pedra até eu mandar. Mesmo que alguém diga... Jeová![/diálogo de filme].

Uma frase, uma palavra é o bastante para desencadear a reação. Quando existem duas ou mais pessoas que viram/cultuam o mesmo filme/desenho ocorre até a representação da cena inteira. Apenas para a própria diversão, deixando 99% da humanidade sem entender nada. Diálogos de episódios clássicos do Pica Pau, Perna Longa, Monty Python ou qualquer coisa anos setenta são ditos sem a menor cerimônia.

A única vantagem, se é que existe vantagem nisso, é que o troço, por mais ridículo que possa parecer (e é) é feito apenas para a diversão de quem faz. Não importa se os outro vão entender ou não, se vão gostar ou não.

Será que isso vale quinhentos cruzeiros?
Siiiim!

maio 18, 2004

O corninho feliz.
O pior dessa história é que ela é verídica. Estava eu quinta-feira passada à toa, fazendo hora no colégio quando chega um indíviduo.

O pouca-sombra em questão trajava uma calça apertada estilo cowboy de festta de cidade do interior, camisa super esticada e por dentro da calça e um sapato tipo matador de baratas no canto da parede. Vou me reservar no direito de não comentar o cabelo emplastado de gel do indivíduo.

O cara chega, vai, olha uma sala e pergunta ao coordenador da noite sobra a turma. O coordenador diz que os alunos combinaram e saíram mais cedo.

O infeliz, ou melhor, o feliz indivíduo abre um sorrisão e fala, com orgulho: "Legal, peguei um furo". E vai, rindo à toa embora.

Se eu entendi bem, ele veio buscar a namorada, acredito eu, e ela saiu mais cedo com a turma sem avisa-lo. Se não o avisou e tinha marcado com ele, é porque queria dar um perdido nele.

Aí eu me pergunto, o que leva um cara que se pega no flagra tomando bola nas costas a ficar feliz desse jeito? Inguinorânça é mesmo uma maravilha!

maio 16, 2004

A pior festa da minha vida.
Ou como um bando me mulheres estragam um sábado de um homem.

Certas coisas eu nem consigo entender. Não chego nem perto de ter uma pista para começar a entender.

Não sei como um bando de 14 mulheres podem ficar felizes num sábado de manhã cedo e, como algumas comentaram, deixaram de fazer algumas coisas na sexta por causa da "atividade extra". Não entendo como se pode ter ansiedade para aquelas gincanas de mães e filhos que só servem para envergonhar as pobres das crianças que têm que aturar encarnação durante toda a semana por causa das mães.

A música... bom... homenagem ao dias das mães imagina as músicas. Era isso mesmo. Eca!

Para resumir a alegria de uma festa organizada pela coordenação pedagógica* basta saber que na hora de arrumar as cadeiras abre parêntesesPor que será que professores são sempre convidados para esse tipi de coisa?fecha parênteses. Aqelas cadeiras de mesas de bar, de metal com o nome de uma cevejaria qualquer que estavam fechadas enconstadas numa parede e tinham que ser arrumadas.

Normalmente levamos essas cadeiras e mesas fechadas e só as abrimos no local onde as deixaremos, certo?
Errado!
Tinha uma menina, depois eu vim a saber que era uma professora de primário, abrindo as mesas proque, para elas é bem mais fácil levar as mesas abertas.

Se uma professora de primario pensa isso, não me espanta o estado da educaçào nesse país.

..:*E só comigo, ou a expressão coordenação pedagógica causa risos em mais alguém?

Impressionante.
Num é que tem gente que chega aqui procurando por: "manual+de+instrucoes+para+bombas+de+aumento+de+penis".

Onde esse mundo vai parar!?

maio 15, 2004

Filha da p*!ice.
Diretores pedagógicos são um bando de mal-amados sem amizades que quando chega o final de semana ficam de roupão, sem tomar banho e vendo a programação da TV aberta se entupindo de qualquer porcaria. Eles não têm amigos, seus vizinhos os detestam e até os parentes se afastaram. Se sentem deprimidos e solitários, alguns demonstram tendências suicidas.

Bom, f*!-se eles. Não estou nem aí para esse bando de intelectualóides e seus problemas existenciais. Quero mais é que se f*!. Esse desejo que eles se f*! de verde-e-amarelo ainda ficam maior quando eles jogam suas frustrações em cima da gente.

Só uma pessoinha de m*! para ter a maldita idéia de fazer uma festa num sábado de manhã e contar com a presença (obrigatória) dos professores.

Alguém de bom senso tem que avisar a esses frustrados sem-noção que professor não é pedagogo. Professor tem vida social própria e fora do ambiente da escola. Final de semana é dia de descansar e ver o como o mundo onde não existem alunos é belo, não dia de ficar pageando pais idiotas de alunos retardados por causa de pegagogos imbecis e sexualmente abstênicos (não-voluntários).

MORTE AOS PEDAGOGOS!

maio 13, 2004

Estilo.
Engraçado essas pessoas que dizem que seguem um estilo. Enchem a boca para falar "meu estilo é esportista" ou skatista, ou fanqueiro, ou auternativo ou o que seja. Sempre pensei que agente tinha um estilo, não que copiava um estilo.

Não que não possamos pegar uma ou outra coisa desse ou daquele estilo pré fabricado, mas no final, o resultado seria diferente, único. Copiar um estilo não é ter um estilo, é ser igual a um monte de outras pessoas, é perder a individualidade e é o que mais se vê por aí. É difícil, hoje, ver uma pessoa, analisar o que ela está vestindo (cor, modelo, marca) e não classifica-la.

As poucas pessoas que não caem num estereótipo qualquer não são compreendidas, são até discriminadas porque "querem ser diferentes".

É um erro, até porque querer ser diferente não é ser diferente. Tem muita gente aí que só quer "ser diferente" e o máximo que consegue é ficar igual a outros milhares que só querem "ser diferente".

Ser diferente é ser natural, é usar sua individualidade ao máximo e sem ter vergonha de copiar tudo ou parte do que acha certo ou legal nos outros. Ser único: isso é ter estilo.

maio 12, 2004

Sobre trabalho.
Engraçado pessoas dizerem que professor não trabalha. Té parece. Só os outros trabalham.

Acredito que esse mal-entendido seja porque os alunos (geralmente são eles que falam semelhante asneira) só vejam os professores uma vez na escola por semana. Se esquecem que um professor, em média, dá aulas em quatro colégios diferentes.

Agora, quanto a não trabalhar, queria vê-los aturar trinta, quarenta aborrecentes por vez, das sete da manhã a uma da tarde. Preparar aula e corrigir prova na hora em que poderia estar descansando. Aturar coordenador que fala uma coisa pra você, outra para o pai e para o aluno nas suas costas, para dizer o mínimo. Queria que eles pegassem um mês de aulas e vissem o que "não é trabalhar" para ver o que é bom.

Afinal, todo mundo sabe que quem não trabalha é médico...

maio 09, 2004

Novo dicionário segundo meus alunos.
01.Compreta. Ganha o jogo quem compreta primeiro a prova.
02.Contidade. Quanto maior a contidade mais caro fica.
03.Tornosse. A lagarta tornosse borboleta.

.::Um professor naturalmente depressivo se suicidaria depois de umas dessas::.

maio 08, 2004

Outros blogs.
A vantagem de se ler outros blogs antes de postar é que eu evito de falar do mesmo assunto e ser acusado de plágio.

Defeitos.
Não entendo porque as pessoas não aceitam ou fingem não ver os defeitos dos outros. Que mascarem os próprios defeitos como forma até de se sentirem melhor, tudo bem. Compreensível. Mas os dos outros?

Eu sei a maioria dos meus defeitos. Ou melhor, do que as pessoas acham que são meus defeitos. Na verdade até os considero, senão qualidades, pelo menos como caracterísiticas da minha personalidade.

Não escondo meus defeitos, muito pelo contrário, falo deles com o maior orgulho. É parte de mim, de como eu sou, penso e ajo. Não gosto que mascarem e, me irrita muito, que digam "ah... mas você não é assim não...".

Não sou dessas possoas que precisam de elogios, que tem auto-estima instável. Minha auto-estima é baixa por natureza, então ninguém pode baixar mais. Não digo meus defeitos para que fiquem com pena do menino imperfeito, digo simplesmente para prevenir esse tipo de gente que, se vai com a cara de uma pessoa, começa a vê-la como o ser perfeito (não que eu não seja em certas ocasiões).

Engraçado que é muito fácil achar as qualidades de uma pessoa, ou até inventar quando não se acha nenhuma. Aí convence-se a pessoas que ela tem essas qualidades e fazem cobranças em cima disso que o fineliz não tem como fugir.

As (poucas) qualidades que tenho, escondo. Não gosto que criem espectativas sobre mim exatamente porque se tiver que frusta-las farei sem pensar duas vezes.

maio 06, 2004

Boiolice.
A única coisa mais bicha do que "o importante é competir" do barão de Coubertain é o "sempre alerta" dos escoteiros.

Olimpíadas.
A 100 dias para as olímpiadas ninguém, dentro do esporte, sabe falar de outra coisa. É "espírito olímpico"pra cá... "o importante é competir" prá lá... o "sonho da medalha olímpica"... Sempre a mesma coisa, as mesmas imagens. O ursinho Bicha Micha chorando (Moscow - 88), aquela suiça tendo um treco no final da maratona. Já saturou.

Olímpiadas representam o que há de mais medíocre no esporte, em particular, e na humanindade, de forma geral: o contentamento com pouco. Se o cara não consegue ser primeiro, fica feliz com a medalha de prata (segundo) ou com a de bronze (terceiro). Se não consegue medalha, fica feliz em ter ido e participado.

Em nenhuma disputa se pode entrar apenas para participar. Ou se entra para ganhar ou nem se entra. Melhor assistir, apenas.

O ideal olímpico, o importande é competir. Baboseira! O primeiro ganhou, é o vencedor. Se você não é primeiro, é perdedor. Isso de participar é coisa de quem sabe suas limitações, aceita e não faz nada para mudar. E ainda quer mascarar a própria incompetência e infelicidade com frases feitas.

maio 04, 2004

Falar o que se pensa.
Falar o que se pensa é uma das maiores mentiras que existem. Ninguém fala o que pensa, nem se chega perto de falar o que se pensa. Algumas pessoas, depois de algum treino, nem deixam transparecer no mínimo suspiro, sorriso ou elvantar de sobrancelha o que realmente pensam.

De qualquer modo, é muito perigoso falarmos o que pensamos, principalmente de desconhecidos quando fazem algo detestável e desprezível, quando temos que responder perguntas idiotas (principalmente quem trabalha com o público).

Falar o que se pensa é inviável, num relacionamento impossível. As únicas vezes que falamos o que pensamos são quando queremos magoar alguém, e isso é um fato. O engraçado é que normalmente saímos por aí dizendo que falamos o que pensamos, doa a quem doer, na maior cara-de-pau e os outros fingem que acreditam da mesma forma que fingimos que acreditamos quando ouvimos isso de alguém.

É só lembrar o que a gente pensa quando ouvimos alguém falar isso. Pensamos mas não falamos.

maio 03, 2004

Diålogos Insólitos.
Queria voltar a publicar coisas , só que ninguém colabora mais e a maioria dos colaboradores e minha sócia lá me abandonaram.

Tem vezes que eu gosto mais do Diålogos do que daqui.

maio 02, 2004

Saudade.

Eca!
Isso aqui tá virando um blog de auto ajuda?

Preconceito.
Normalmente, tento não discriminar ninguém, nem formar uma opinião sobre uma pessoa sem que eu a conheça. Mas após conhecer o indivíduo e formar uma opinião, dificilmente volto atrás. A maioria das pessoas não me incomoda, aceito o jeito de cada um do jeito que gostaria de aceitacem o meu.

Mas tem (sempre tem) alguns tipos de personalidades que me incomodam: o burro e o afundado em autopiedade.

O burro, em 95% dos casos, não é aquele que não estudou. Às vezes o cara tem até faculdade, e pública, MBA e o escambal mas é burro. É o tipo de cara que olha e não vê, não entende uma piada. Ri quando todo mundo tá sério e fica de cara feia quando todo mundo ri e ele não (porque não entendeu).

O que além de burro á chato ainda fica dando liçãozinha, fazendo muxoxos e chamando os outros de crianças do alto de sua cultura (eu diria formação). Quero deixar claro uma coisa: para mim ter cultura ou ser inteligente não é ter diploma.

Também tem o "coitado" que fica nadando em auto-piedade achando que os outros devem ter pena dele. Fácil identificar esse tipo de gente por uma frase típica: "Ah, mas é por que sou alto/baixo/gordo/careca/tenho espinhas/sou framengo..." e por aí vai. Sempre pegam um defeito mínimo, que pode ser consertado ou ignorado e põe nele a culpa por todos os fracassos. Não fazem nada para mudar a situação. Esperam que os outros ajudem por, afinal, ele é alto/baixo/gordo/careca/tem espinhas/é framengo...

Vai se ferrar! Não tenho pena mesmo. Quer alguma coisa, lute pra conseguir. Não conseguiu ou desista ou tente de novo. Agora se fazer de coitadinho, isso é covardia, é achar que não vai conseguir e nem por isso tentar.