outubro 31, 2007

Ah, a ironia...

Está cada vez mais difícil ser irônico. Mesmo que levemente irônico. Ninguém mais presta atenção ao que vê, ouve ou lê, não se importam mais com o tom de voz ou o sentido ou os sentidos que uma frase pode tomar dentro do contexto. Tudo agora é levado sempre no sentido mais literal possível.
O pior que eu preciso ser irônico, é uma válvula de escape. Como eu trabalho com adolescentes altamente melindráveis eu tenho que medir as palavras, não posso falar o que eu quero como eu acho que tem que ser falado, então eu uso esse recurso para extravazar minha raiva e/ou minha decepção com a burrice e desinteresse alheios. Apenas quem não precisa que eu fale o que eu falo que entende, o que me deixa com mais raiva. Quem eu quero, eu preciso que entenda não tem capacidade para tanto. Ou nem sabe se tem, já que muitos nem tentam.
Eu às vezes ainda me esqueço e tento ser irônico, falar alguma coisa irritante por meio de uma brincadeira mas nunca dá certo. Sempre que tento recorrer à tecla SAP ou às legendas elas nunca estão lá e a mensagem do que eu falei acaba sendo totlamente deturpada.
Mas eu não desisto! Um dia eu ainda fico rico e contrato um intérprete para ironias para explicar o que eu falo aos despossuídos de intelecto.

outubro 21, 2007

Justiça.

O resultado do mundial de pilotos da F1 hoje, em Interlagos, fez um coisa que está cada vez mais rara no mundo: justiça. Não desemerecendo Alonso ou Hamilton, seria totalmente injusto que um piloto da McLaren fosse campeão.
Depois de suspeitas de espionagem contra a Ferrari e a confirmação de que pelo menos os pilotos Fernando Alonso e o de testes Pedro De La Rosa tiveram acesso e testaram ajustes semelhantes aos da rival, a FIA nao fez nada. Pior, jogou para a torcida aplicando apenas uma multa, tirando os pontos da equipe no Mundial de Construtores e não punindo os pilotos.
A vitória de Kimi Raikkonen, mesmo sendo beneficiado por Felipe Massa, reestabeleceu a justiça na F1. Afinal os pilotos mais prejudicados com ao roubo das informações foram mesmo os da Ferrari. Agora sim a Ferrari pode comemorar comendo a pizza servida pela FIA.

outubro 17, 2007

Indecisões.

Odeio esses draminhas típicos da mulher feminina. Não pode chegar e ser objetiva: "Você vacilou, mas vou te dar outra chance" ou "Você vacilou e acho melhor terminar"? Assim, simples?
Mas não, tem que ficar enchendo, perturbando, fazendo draminha. Além de encher o saco a níveis inimagináveis o que elas esperam? Nos fazer sentir culpados? Se for isso, meninas, desculpem-me mas é perda de tempo.
Quer terminar, termine. Não querem, não terminem. Apenas deixem o assunto morrer.

outubro 09, 2007

Tropa de Elite.

Sem nenhuma sombra de duvida, Tropa de Elite é o filme brasileiro mais importante da última década. Não por ter um roteiro ou qualidade técnica excepcionais, nesse ponto é apenas uma história muito bem contada. A importância do filme se dá em trazer à tona discussões que são tabus na zelite universitária da bata branca da paz e nariz branco do pó.
Tudo bem que a primeira polêmica - a pirataria - foi, até se prove o contrário, totalmente involuntária, já que o filme estava nos camelôs antes de se pensar na data da estréia nos cinemas.
Mas o ponto forte do filme que esse é a primeira vez que uma obra desse alcance mostra a visão do policial, do cara que ganha um salário vergonhoso para subir morro para confrontar de traficantes bem armados. Foi a primeira vez que mostra a hipocrisia desse pessoalzinho metido a engajado com excluídos sociais cuja a névoa da maconha não os deixa enxergar que é o dinheiro deles que dá ao tráfico o poder que tem para oprimir a população não só do morro, mas da cidade toda.
Esse bando de viadinho das ONGs Cheira Morro ficaram ofendidos e tentam desmerecer o filme o chamando de facista, quando facista é esse discurso de querer censurar quem mostra a realidade - sim, essa é a triste realidade - através de um ângulo diferente. Isso que é facismo: não admitir uma opinião conrtária. Outros, não menos facistas, querem convencer que quem gostou do filme deve se sentir culpado por causa da violência. Tentam inverter os valores dizendo que só ha violência quando a polícia sobe o morro para mexer com o pobre traficante que trabalhava em paz.
Qualquer um com um mínimo bom senso sabe que a violência é o tráfico dominar uma favela sem a polícia ou qualquer outro representante do Estado de Direito lá.
Tantos chiliques desse pessoalzinho "universitário zona sul" me dá vontade de vomitar. E de bater neles. Acho que qualquer um para falar mal da suposta ideologia do Tropa de Elite deveria fazer exame toxicológico. Aquele do cabelo que pega drogas num prazo de até um ano do último tapinha. Aí sim suas opiniões poderiam ter alguma validade.
Quanto a mim, acho um filme bem feito. Só. Não vi nada de ideologia ali, mas o Padilha (diretor do "Torpa") foi muito feliz em sair do lugar comum de ligar a criminalidade à pobreza e trazer alguma responsabilidade para os palyboyzinhos consumidores eventuais que adoram uma passeata inútil. Isso, todo mundo sabe, é fato. Mas nõ é para ser dito.
Basta lembrar da campanha anti-drogas que vinculava o dinheiro do usuário à violência que um monte de ONG Fuma Favela protestou contra. Por que será?
Vai dizer que ninguém nunca quis dar umas porradas num maconheiro de passeata?

outubro 04, 2007

Coitadismos.

Instalou-se uma filosifia de pena, de que todo mundo merece um desconto, uma condição especial por causa de algum motivo, muitas vezes não existe motivo nenhum. Essa hstória de coitadinho é culpa e em parte estimulada pelo governo federal com as bolsas esmolas e cotas.
Todo mundo agora tem direito a alguma vantagem. Ninguém mais se esforça o mínimo e depois pede alguma coisa. Isso chegou às salas de aulas. O vagabundo falta o bimestre inteiro e depois vem chorar trabalhinho, pontinho, tudo "inho", apenas para conseguir o que foi incapaz de se esforçar para conseguir por méritos próprios.
Não sei quem foi o esperto que criou isso, mas se o objetivo foi fazer com que ninguém mais se esforçasse para nada, se o objetivo foi que todo mundo se sentisse incapaz de alcançar o mínimo pelo próprio esforço, sem ajuda, bom, tenho que dar os parabéns, eles conseguiram.
Agora esse pessoalzinho, os coitados - Poxa, dá um desconto, eu trabalho/eu moro longe/eu sou loura/eu sou burro... - não se esforça para nada e acha que a gente tem que fazer o trabalho por eles. Dar uma segunda, uma terceira, uma quarta chance.
Pro inferno!
Se depender de mim, coninua vagabundando mesmo, vai ficar ferrado. Não vou abrir mão nunca do que eu acho mínimo nem dar mole para esse bando de vagabundo que quer se encostar. Podem chorar a vontade.
Esse pode não ser um país serio, mas eu ainda levo meu trabalho muito a sério.