A pedagogia contra a educação.
Isto posto, ficam mais fácil entender como a tal pedagogia é uma das principais responsáveis pela atual crise educacional e de valores que estamos passando. Promoveram - ou rebaixaram? - o professor que antes só ensinava à função de pai, psicólogo, padre... e agora temos a obrigação de amar e dar valores aos filhos dos outros. Jogaram em cima de nós essa responsabilidade de educar uma criança e, ao mesmo tempo, retiraram toda a autoridade necessária para isso. O resultado é esse que vemos aí.
Agora o que mais temos são professores estressados o tempo todo. Seja por questões profissionais, como a falta de interesse e respeito dos alunos somado à falta de respaldo por parte da maioria das coordenações "pedagógicas" do colégio, seja por questões financieras, como os baixos salários que nos obrigam a trabalhar mais de 50 horas por semana em sala de aula, fora a preparação e correção de aulas e provas no que deveriam ser nossas folgas.
Ciente de toda essa situação, a coordenadora pedagógica nos orienta a amar e dar ainda mais atenção aos alunos, como se fosse nossa obrigação.
Ah, pára!
Segundo esses teóricos da educação, que nunca enfrentaram um sala lotada, professor não é uma pessoa normal, não pode ter vida social ou qualquer outra vida fora do colégio onde dá aula. Não saímos, não nos divertimos, não temos lazer e nem sequer dormimos. Professor tem que ser professor 24 horas por dia, 7 dias por semana e estar sempre a disposição do colégio. Segundo esse pessoalzinho, se não dedicarmmos todo nosso tempo livre a bolarmos estratégias (adoram esse termo) para solucionarmos as carências dos filhos dos outros não somos profissionais dedicados.
Palhaçada.
Se médico, engenheiro, mortorista, gari sõ apenas profissões, porque um professor n~çao pode ser um profissional, tem que ter vocação?
Top, top, top para eles.